segunda-feira, 15 de julho de 2013

O texto que não queria escrever! (Parte II)


Vejamos, se o Brasil fosse parlamentarista, esse legislativo, inapto por conveniência, poderia parar de choramingar e fazer o trabalho que hoje faz o executivo. Porém, desde Getúlio o brasileiro se acostumou a viver na dependência de um homem, o que os deixou sempre na menoridade e imaturidade para seguir seus caminhos. Essa vocação de monárquico, ou seja de se deixar levar por um homem apenas, a adoração pelo caudilho, que também se assemelha ao governo atual, talvez seja, por sermos um regime democrático, o único motivo para não enveredarmos a uma nova ditadura que, necessariamente, não passa pelos militares, afinal muitos dos apoiadores de ontem, hoje posam de democratas.  

Você sabe quem foi o primeiro presidente do Brasil? (Mal. Deodoro da Fonseca em 1891), pois é, poucos brasileiros sabem, mas o primeiro presidente americano todos eles sabem, e por quê? Submissão, políticas colonialistas, aceitação, desigualdades, falta de ensino, globalização, manipulação das massas pela mídia e por ai afora.  

É veiculado na net um texto dito de obra de uma holandesa, que eu duvido, acredito que é de um desses brasileiros que não quer assumir, onde mostra um Brasil que os brasileiros fazem questão de passar à diante como Fw: Enc: etc..., talvez até sem ler, porém se sentindo de alma lavada, por crer estar colaborando e, no fundo, dizendo não está tudo tão mal. Ledo engano pensar assim, as coisas citadas não espelham a realidade do país, tanto é que diz também... “Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando” e falseia quando fala que o congresso corta na carne, pois então o que dizer dos abaixo-assinados para banir do congresso os “ficha suja” que eles mesmos querem de volta, ou (atualizando) a PEC dos suplentes!! 

 Por que deixar o Ibo Katari, fazer o que fez? Se fosse com os EUA, invasão, marines, bloqueio econômico, etc., mas não; o Brasil de joelhos cedeu ao indígena da nação aimará e a Petrobrás e o Brasil perderam.
Novamente a submissão enraizada se manifesta por citação a Fernando Brito:
Em primeiro: “Que pode estar ligado à submissão implantada pelos imperadores, governantes, nativos e estrangeiros, que domesticaram a nação, inibindo a gene social da participação, expressão de ideias e cidadania”.

 Em segundo: “Pela cultura telenovelística, durante décadas estimuladas no Brasil, pregando a paralisia ante as telas, o brasileiro é incitado a participar emocionalmente, mas impedido de transformar em realidade, por não se permitir a interferência do telespectador”.

Em terceiro: “A lei de Newton, a da Inércia. Os brasileiros não romperam a cultura passiva diante do repouso ante as problemáticas nacionais, pois, tende a permanecer em repouso a iniciar um processo de participação intenso e duradouro”.

 No contexto, o brasileiro acha muito mais fácil falar e reclamar, do que necessariamente agir para a concretização desse fim. 

         Dito isso, não é de se espantar ao ver a figura do atual presidente pairando acima de tudo e de todos, inclusive dos partidos, prestigiado pela massa cooptada pelas bolsas e planos, onde pode até sonhar com sua volta ao poder, para desespero dos oposicionistas inertes de última hora.  

Que culpa nos cabe?  Nenhuma, dirão os adeptos ao paternalismo do estado. Todas, dirão os mais radicais. Porém, uma coisa é certa, a nossa omissão, alicerçada nas desculpas que encontramos a todo o momento para não agir, para não tomar partido em tudo o que fazemos e sentimos, nos fazem, repito, menores e imaturos, a ponto de deixarmos que qualquer um tome o poder e faça lá o que quiser. 

         Recordando D. João VI, que disse: “Pedro, meu filho! Ficas nesta terra maravilhosa. Há muitos interesses entre Portugal e Brasil e maiores interesses de outras nações nesta terra. Se o Brasil tiver de ser independente, que seja por tuas mãos. Vá e proclama essa independência. Toma a coroa para ti antes que um aventureiro lance mão!”  

         Apresenta-se ai um exemplo de motivação para a atitude, nós temos visto sempre o povo na berlinda dessas posturas, deixando para outrem as decisões sobre sua vida, sobre o futuro de seus filhos, de sua família e de seu país. Ao omitirmos estamos sendo coadjuvantes com aquilo que lá acontece e, sem lamentações, temos que aceitar e, quiçá, nos resignar.  

         Para que haja mudança, é preciso coragem para mudar, é preciso atitude de cidadão consciente de suas responsabilidades para com o conjunto da sociedade em que vive, respeitando as leis e fazendo-se respeitado. (Fim) 

“A pátria de chuteiras cai ajoelhada diante da visita de 120 milhões de reais que custará o Papa Católico e que membros de todas as religiões terão que pagar, é justo?” (Daniel MM) 

Foto Ilustrativa

6 comentários:

  1. Anibal Horta Figueiredoterça-feira, 16 julho, 2013

    Parabens Daniel!!! Só espero que sua luta continue, não te cales, nossa gente precisa de mentes como a sua!!! Sinto orgulho mde ser seu amigo!! Abs Anibal

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    1. Valeu amigo, amigos participativos como vc também nos orgulham, Abraços

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  2. Consegui me identificar ao texto e e pude visualizar amigos meus, a luta que cansa, há pessoas que morrem de desgosto devido seus fracassos (ex. Che Guevara e Bento Gonçalves), é aquele sentimento amargo que levamos para o resto da vida, como se a luta fosse só nossa, e foi em momentos como esse (O Movimento do Passe Livre e as Manifestações Contra a Impunidade e Corrupção) que só então percebemos que não somos os únicos, que não somos mero idealistas. Mas então vêm a mídia manipuladora, grupos como o anonymous e demais subgrupos e começam a desmoralizar os atos, elegem novos caçadores de marajás que ninguém conhece, deturpam a verdade e estabelecem ordens como se fossem regras (como a idéia facista de mandar baixar bandeiras), ora num país democrático é direito de todos que saiam as ruas como bem entendem e assumindo ou não um partidarismo, só na ditadura que não pode, prova desse antipartidarismo ou não, é que eu que sou simpatizante do Movimento o Sul é Meu País vi manifestantes com nossas bandeiras nos diversos atos pelo sul, ganhamos mais adeptos inclusive de outros estados, se fossemos seguir a regrinha básica do anonymous (o grupo sem rosto), não teriam sido levantadas tais bandeiras porque representam um partido, toda pessoa é partidária (toma partido) de algo, o problema é achar que todo político é ladrão, o verdadeiro câncer é a corrupção, os usurpadores do dinheiro público, os passageiros da FAB. Por alguns destes motivos fui apenas no primeiro ato em Guaratuba, vi subgrupos agindo em benesse própria, o isolamento do Movimento Ponte Guaratuba Já no segundo ato (onde após reunião com a prefeita foi tirado da pauta o fechamento da travessia) sendo que eles sempre estão presentes nos diálogos e foram participativos no primeiro ato, o pedido da redução da taxa de embarque na rodoviária (sendo que a administradora da rodoviária é a prefeitura), é um tal de gritar e protestar no lugar errado que faz com que nossa vontade de mudar as coisas esmoreça, resultado da falta de participação, informação e até mesmo certa alienação, pegam a "cartilha" pronta e seguem o que mandam, sem questionar, sem realmente participar. Não desisto, porém prefiro aguardar que o povo realmente se conscientize, antes tarde do que nunca! #VAMOPRARUADANIEL

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  3. Obrigado Marianna, concordo muito contigo! VAMOPRARUA!!!

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  4. [off topic]

    Bom dia Daniel. Achei teu blog pelo google, pois estou procurando informações sobre Guaratuba. Já estive aí várias vezes à passeio, porém agora estão negociando para me transferir praí. Trabalho na Copel e gostaria de saber com a média de R$ de aluguel que pagarei por aí? Como funciona a cidade baixa temporada? O custo de vida aí é alto? Tem restaurantes na baixa temporada ou só na temporada mesmo? De qualquer forma, obrigado.

    Bruno

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    Respostas
    1. Bruno mande-me seu e-mail ( danielmaura@gmail.com) lhe enviarei as informações desejadas. Obrigado

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